Massagens

04/06/09 - Sobe o pano. Primeiramente fomos discutir os espetáculos vistos anteriormente - "Imagens não explodidas" e "por um fio em lã".

Discutimos sobre a abstração e o aristotélico na construção do espetáculo, sobre o espetáculo que se encerra em si e o espetáculo que o espectador leva para casa.

Eu fiquei viajando na seguinte reflexão, que vou passar adiante - Será que um espetáculo concebido de forma aristotélica mas construido através da abstração não poderia também se tornar um espetáculo que se leva para casa?

Depois fomos fazer alguns dos exercícios mais gostosos que já fiz na escola Sesc. Primeiro fomos brincar de pesado, criando um gestual que explorasse essa qualidade. Fizemos em duplas, fiz com Bianca e acabamos em algumas das posições mais engraçadas de toda a minha vida.

Foi interessante para mim, como ator, saber que posso, quando quiser, pensar em qualidades para minhas personagens e fazer pequenos laboratórios como esse, começar não com o gesto definido, mas com a busca da qualidade desejada no gesto, seja ele o que for. E dessa busca encontrar o gesto que melhor traduza a qualidade adaptada ao contexto, assim as possibilidades aumentam e se tem outra ferramenta para evitar cair nos clichês.

Depois fomos buscar o leve, primeiro sozinhos e depois todos juntos, foi uma viagem muito agradável.

Por fim o melhor. O professor nos dividiu em dois grupos e pediu que uma pessoa de cada grupo deitasse e fechasse os olhos. Eu como mais amostrado fui o primeiro do meu grupo, que era composto por: Eu, Thaysa, Paula, Bianca, Guil e Marquinhos.

O exercício era nada mais, nada menos, que uma massagem de todos na pessoa deitada. Depois a pessoa era içada e ia dar uma passeio de olhos fechados carregada pelas pessoas do grupo. Como fui primeiro tive mais tempo e muito, muito gostoso.

Depois ajudei a massagear todo mundo, uma coisa importante dessa massagem é que conforme você vai se habituado, você busca novas formas de massagear, assim deve ser com a personagem, se ela tem uma tarefa, é importante que o ator descubra mil formas de realizar essa tarefa, para escolher dentre as mil a que melhor serve à personagem. E a única forma de encontrar essas mil formas é fazer da forma que se sabe e depois ir procurando pequenas alterações, ou bruscas, dependendo das circunstâncias, e vendo quais dessas alterações desfiguram a tarefa e quais propõe uma outra forma de fazê-la, criando assim um repertório para a escolha de cada patitura.

Finda as massagens, nos dividimos em grupos para comerçarmos a pensar nas interfaces, trabalho final do lab. de corpo. Meu grupo ficou - Eu, Paula, Thaty, Garrel, Dolores, Felipe e Mauro e nossa interface é com a poesia. Fizemos um exercício de abstração de ideias proposto pelo professor e chegamos às poesias que falam do caminho como metáfora da vida.

Fim. Tchau.

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