Do jeitinho que eu queria

22/04/09 - Sobe o pano. Dia dos diretores mostrarem seu trabalho na aula de introdução ao teatro.

Primeiro tivemos meia hora extra para afinar os atores. Não o fiz, jurei que eles estavam afinados e mandei eles se concentrarem apenas. Errei feio.

Bem, vamos às apresentações. Primeira cena Geraldo e Evilásio dirigidos por ninguém mais, ninguém menos que André Garrel. A cena foi improvisada e foi boa, destaque para a presença de palco de Geraldo, forte. Evilásio estava fraco, senti falta da presença dele em cena, estava muito apagado. E tu falou muito baixo, da próxima gostaria de ouvir com clareza. Houve um problema de ritmo, mas isso é porque foi improvisação, imagino.

A segunda cena era para ter sido Guil e Brandão dirigidos por Dolores, mas problemas técnicos os impediram, azar.

Depois Ju e Mauro, dirigidos por João, que impressionou a todos com suas habilidades de diretor. Como disse a professora "João é o chato que todo mundo gosta" e é verdade. O curso perderia muito sem ele por perto. Da cena tirei um conselho que gostaria de dar para Mauro "Diga cada palavra do seu texto como se desse um beijo na mulher amada". Faltou carinho com o texto, o resto - corpo, voz, presença de cena, estavam bons. O mesmo para Ju, só que ao contrário, precisa criar corpos e vozes para as personagens. Destaque para a comunhão deles, trocas de olhares poderosas em cena. E Mauro, agarre Ju com força, meu filho, pode pegar que eu não mordo.

A terceira cena apresentada foi estreada por Paulinha e Marquinhos e dirida por Bianca, a revelação de nosso curso. Na minha opinião, a cena mais forte e melhor representada, grande destaque para Paulinha, que me emocionou muito no papel de Joana, com voz, com corpo, com olhar, e Marquinhos não ficou atrás, mantendo uma atmosfera cortante e atraente toda a cena. Parabéns para a diretora. Agora Paulinha, balançou em cena um pouquinho, finque esses pés no chão.

A quarta foi Camilla Noronha, que não balançaram, Camilla estava ótima, usando do gesto psicológico para dar força à Joana e Noronha estava ótimo de Creonte, forte, a mão dele ao mandar e voltar os seguranças chamou muito minha atenção. Destaque para a concentração de Camilla.

Eu, por fim, dirigi Tiago e Thaty, consegui algumas coisas e não consegui outras. Não caracterizei minhas personagens, Tiago era Tiago e Thaty foi Thaty, mas estavam afinados um com o outro, não rolou muita comunhão e a vida física ficou fraca. Consegui embasar o texto e encontrar motivações vivas para meus atores, mas só foi até aí, da próxima trabalharei melhor por meus atores, que diga-se de passagens, são ótimos e foram muito generosos comigo.

Abraço

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