E.T dos Ovos de Ouro

16/04/09 - Sobe o pano. Professor Paulo nos enche de jornal e nos pede para forrar a sala. "Ok, mas para quê"; E como se fosse a coisa mais natural do mundo "Faremos máscaras hoje".

Rebobina a fita "Como é Bial? Estou na disciplina certa?" Estávamos todos. Com cartazes sobresalentes do 'Vale dançar', tesoura, grampeador, tinta guache e fé em Deus fizemos cada um sua máscara. Me considero um total sem talento nesse quesito, mas vá lá, eu fiz meu sorriso.

Tivemos toda sorte de máscaras e algumas realmente se destacaram - o rei Persa de André ou o cacique doidão de Geraldo, por exemplo. Houveram também os Power Rangers Mauro, Roberto e Thaisa, que usaram e abusaram do azul e vermelho nas máscaras. A galinha da Ingrid e o E.T de Evilásio também estavam impagáveis - Se esqueci alguma máscara e quiserem me lembrar depois fico grato.

Prontas as máscaras, estava doido para ver a bagaceira que sairia dali quando o Professor disse "Depois, agora vamos bater papo". E fomos. A ementa chegou à nossas mãos, assim como o trabalho que apresentaremos dia 23 e 30/04 sobre certas ferramentas para a criação e partitura corporal da personagem. Eu, no caso, apresento dia 23 o trabalho sobre o gesto psicológico de Michael Chekhov com Julyana Carla e Camilla Rios. Muito boa a viagem do rapaz.

Pingos nos 'i's, fomos separados em três grupos para contar uma história sem rosto e sem voz. Teríamos nossas máscaras e nossos corpos, e tava bom demais.

Fomos eu, que estava de smiley e virei emoticon, Camilla, que fez um gato doente, Biaggio, o Pierrot cibernético dono do gato, Dolores, o cacique superpoderoso, e Vila, o ET de vargínia. O gato ficava doente, o Pierrot mandava um pedido de ajuda (eu) via internet para o cacique, que fazia a dança da chuva e convocava o ET de Vargínia para transportá-lo até o gato, onde ele pode fazer outra dança ritualística e salvá-lo da doença cruel.

Geraldo pegou Maria Joana, sentou num canto e viajou que Thaísa era um robô que precisava de corda, e já que João era muito preguiçoso para dar corda nela, pediu ajuda para Mauro, o gostosão que mandou Paula, a babona; mas ela era muito fraca e não consiguiu, Ju coitada, jurava que conseguiria mas ninguém prestou atenção nela.

André era um rei, Beto seu súdito que trouxe maravilhosas atrações para entretê-lo - Ingrid, a galinha dos ovos de ouro, Bianca fazendo Dalila (A própria - "Vai buscar Dalila, vai buscar Dalila meu bem...") e Marquinhos, o M.J. A galinha botou o ovo de ouro e deixou a concorrência para trás, o rei Andre roubou ela para si e deixou as outras atrações chupando o dedo. Beto agradeceu no final.

Depois dessa viagem toda sentamos para conversar. Ingrid disse coisas muito interessantes sobre a diferença entre máscaras neutras e expressivas. Disse que as primeiras são mais difíceis pois é preciso comunicar-se com elas e ver o que 'elas querem de você ou vice versa'. Nos recomendou a não tocar nas máscaras para não desfazer a mágica, a mantêla sempre com texturas, com sabores escondidos na fantasia. O que ficou por certo ou quase foi sua capacidade de intuitivamente nos focar no trabalho corporal, por paralizar nossas expressões somadas à nossa voz. Assim vi na máscara uma ferramente interessante de 'soltar a franga', por assim dizer.

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